O negro nunca se acomodou diante da sua situação de escravo. Sofreu maus-tratos constantes, mas resistiu de diferentes formas; com fugas, suicídios, assassinatos de senhores e feitores, relaxamento de trabalho, sabotagens e, sobretudo, com manobras para manter sua religião, seus costumes e suas crenças. A capoeira, uma forma de defesa, transformou-se em dança para confundir o feitor, o senhor. Os santos católicos foram adotados, mas representavam seus orixás, suas divindades. Ao adorar São Jorge, os negros estavam fazendo seu culto a Ogum.
O desejo de se verem livres das rigorosas exigências da escravidão era muito grande, em especial para os escravos que chegavam da África. Eles procuravam fugir para regiões de dificil acesso, como a mata, construindo seus quilombos. Os escravos nascido no Brasil, chamados criolos, tinham outra maneira de fugir às pressões de seus donos; lutavam diretamente com seus senhores, organizando revoltas como: o Levante dos Malês, em 1835, em Salvador, e a Balaiada, em 1838 no Maranhão. Um outro modo de eles conseguirem a tão almejada liberdade era executando trabalhos na cidade.
As africanos nos deixaram um simbolo de sua luta de resistência à escravidão: os quilombos.
Existem muitas histórias sobre o famoso "Quilombo doa Palmares", e uma das versões é a de que Palmares foi criado por cerda de 40 escravos fugitivos, em 1587. Segundo relato de portugueses, o quilombo chegou a ter 20.000 habitantes e resistiu a todas as investidas de português e holandeses para destruí-lo, até que em fevereiro de 1964 o bandeirante Domingos Jorge Velho saiu vitorioso.
O principal lider de Palmares, Zumbir, escapou á destruição empreendida por Jorge Velho, mas foi assassinado em 20 de novembro de 1695. O dia de sua morte é hoje considerado pelo movimento negro organizado como sendo mais importante que o dia 13 de maio. dia da abolição oficial da escravatura.